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  • Rafael Carvalho

Não faça parte da estatística: evite a morte da sua empresa com um planejamento financeiro eficiente




Os números assustam! Segundo dados do IBGE divulgados em 2022, a cada dez empresas abertas no Brasil, apenas seis conseguem sobreviver após 5 anos de atividade.


Para muitos isso pode significar que os empreendedores brasileiros não estão entregando valor, mas essa certamente não é a verdade! Muitas das empresas que entram em recuperação judicial estão trazendo excelentes soluções ao mercado, mas têm gestores que conhecem pouco ou simplesmente ignoram seu cenário financeiro.


Por isso elas são soterradas por uma avalanche de números que parecem vir todos de uma vez gerando um caos generalizado. Assim, é seguro afirmar que em muitos casos de fechamento de empresas o que falta é planejamento financeiro!


Podemos dizer então que, em muitos sentidos, o planejamento financeiro é a diferença entre a sobrevivência e a morte do seu empreendimento. Através dele você mantém o controle das suas contas; e quando o assunto é finanças, controle é liberdade!


Um bom planejamento financeiro o torna livre para buscar os seus objetivos. Sem ele você fica preso e limitado à resolução de problemas e exposto ao risco da falência, aquele momento frustrante, em que os bens da organização são vendidos para honrar os compromissos com os credores.




Possivelmente você conhece essas dores e receios. Você sabe que precisa de um planejamento financeiro. Mas por onde começar? O que incluir? Quais ferramentas usar?


Para sanar essas e outras dúvidas, neste artigo vamos apresentar um passo-a-passo simples e prático que você pode seguir para organizar as finanças da sua empresa e garantir a sua sustentabilidade. Vamos lá?

Passo 1: Mude sua mentalidade


Não há como evitar: a empresa é o retrato do gestor. As suas práticas pessoais se estenderão para a cultura da organização que você gere, sobretudo no aspecto financeiro.


Se você não controlar o seu dinheiro dificilmente vai controlar o dinheiro da empresa; por outro lado, se as suas contas estiverem em ordem, a tendência é que o mesmo ocorra nos negócios. Isso é importante até mesmo na relação com players do mercado dos quais sua organização precisa. Credores e fornecedores evitarão se relacionar com a sua empresa se o gestor não garantir a ordem das suas finanças pessoais.


Além disso, elimine de uma vez por todas o hábito de confundir suas contas de pessoa física com as da pessoa jurídica. Quando não se sabe onde termina o caixa da organização e onde começa o do gestor, temos uma bomba relógio armada. E cedo ou tarde ela vai explodir!



Tendo resolvido essas questões básicas referentes à sua mentalidade e postura como gestor, podemos começar a lidar com os números.

Passo 2: O diagnóstico


O segundo passo do planejamento financeiro é compreender com clareza a situação do seu negócio. Isso significa que você deve levantar todas as informações sobre as receitas e despesas da sua empresa, sejam elas variáveis ou fixas, e analisar os seus resultados.


Será preciso calcular indicadores financeiros como a margem de contribuição (quanto das minhas receitas devo direcionar para o custeio dos meus custos fixos?), o ponto de equilíbrio (quanto preciso faturar para manter a empresa funcionando?), a lucratividade (quanto é o meu lucro?), a rentabilidade (quanto meu negócio está remunerando sobre o capital investido?) e o capital de giro do seu negócio.


Esses índices lhe permitem avaliar a viabilidade econômica da sua empresa, ou seja, se ela está gerando resultados satisfatórios. Para isso, você deve utilizar ferramentas como o fluxo de caixa, o demonstrativo de resultados do exercício (DRE) e o balanço patrimonial.


Feito o levantamento das informações chega a hora de fazer as análises. Neste passo a clareza é crucial. Por exemplo: não se iluda com faturamentos altos antes de confrontá-los com os custos.


Por melhor que esteja a sua performance de vendas, se os custos para manter a empresa forem maiores do que os valores de receita, você precisará de ajustes.



Neste ponto também será fundamental utilizar ferramentas digitais para otimizar o processo (que já é bastante trabalhoso e cheio de detalhes). Há inúmeros bons aplicativos à disposição no mercado.


Até mesmo o bom e velho Excel pode ser um grande apoio nesse trabalho, quando se sabe utilizar suas funcionalidades. Uma consultoria profissional, também encurta e facilita o caminho.

Quando vistos de maneira isolada os dados não dizem muito. Mas quando são analisados de forma inteligente, podem proporcionar um raio x da empresa e definem uma base para o estabelecimento das metas. É disso que trata o próximo passo.

Passo 3: Defina as metas


Depois de obter uma visão clara da realidade financeira da sua empresa você poderá traçar os objetivos. Neste ponto você vai definir alvos mensuráveis para as suas finanças, como aumentar o faturamento em X%, reduzir os custos em Y%, melhorar a lucratividade em Z%, entre outros.


Para facilitar o alcance das metas financeiras, é recomendável que elas sejam divididas em curto prazo (até um ano), médio prazo (de um a três anos) e longo prazo (acima de três anos). Também é importante que elas sejam específicas, relevantes e desafiadoras, mas, ao mesmo tempo possíveis de serem alcançadas. Além disso, devem ser coerentes com a missão, a visão e os valores do seu negócio.


Um ponto crucial neste estágio é ter o máximo rigor no planejamento dos investimentos. Suas metas precisam incluir reservas de valor, tanto para blindar o negócio contra custos imprevistos – como, por exemplo, indenizações resultantes de ações judiciais trabalhistas e de clientes – quanto para arcar com os custos de expansão da empresa. Você deve evitar recorrer aos credores, exceto para o caso de projetos mais arrojados.



Outra dica aqui, é ter uma prática saudável de formação de preços, já que estes impactam diretamente nos resultados. Um produto mal precificado pode gerar uma grande dor de cabeça. Preços excessivamente baixos podem alavancar as vendas, mas ainda assim não gerar as receitas necessárias para manutenção e crescimento do negócio. Preços muito altos podem gerar queda nas vendas a ponto de gerar déficit no caixa.


Tendo alvos claros estabelecidos para o seu negócio, você pode então se concentrar no trabalho fundamental e tantas vezes negligenciado do controle. No próximo passo vamos abordar esse aspecto.

Passo 4: Monitore os números


O quarto e último passo para um planejamento financeiro eficiente é não perder os números de vista. Isso significa ter um controle diário das entradas e saídas da sua empresa e revisitar periodicamente as metas que estabeleceu, verificando se os ganhos estão de acordo com o esperado e se os custos estão dentro do orçamento.


No controle das saídas, lembre-se de dar atenção às pequenas despesas que parecem menores, mas quando somadas representar um peso significativo no orçamento. Sempre passe o “pente fino” nos seus custos, avaliando constantemente todos eles e cortando todos que não fizerem sentido para o negócio.


Mantenha-se atento também às variações periódicas nos ganhos da empresa. Em muitas organizações é normal haver sazonalidades, ou seja, períodos de faturamento acima da média intercalados com épocas de queda na receita. Por isso, lembre-se de avaliar cada ciclo em comparação com o mesmo ciclo do ano anterior e não apenas com o mês imediatamente anterior.


No mesmo sentido, as habilidades de negociação do gestor são extremamente importantes. Você vai precisar, sempre que for viável, ir à mesa com seus credores e fornecedores a fim de buscar taxas mais atrativas e condições mais vantajosas para suas compras.


Outro ponto muitas vezes negligenciado é a relação entre a gestão financeira e os números das vendas, geralmente considerados um trabalho exclusivo do departamento comercial.

Não se engane: manter esses índices no seu monitor é fundamental, tanto para o controle de receitas quanto para a projeção dos objetivos. Por isso desenvolva o quanto antes uma relação de sinergia entre o financeiro e o setor de vendas para que seu planejamento conte com essas informações.



Quanto à avaliação das metas, tenha uma perspectiva realista sem deixar de ser ousado. Se um cenário inesperado trouxe perdas nos seus ganhos, tenha a razoabilidade de reestruturar as metas para que elas continuem sendo atingíveis. Por outro lado, se você teve um ciclo inesperadamente positivo, tenha o ímpeto de antecipar aqueles planos que estavam previstos para um futuro mais distante.

Conclusão


Como você pode ver, o planejamento financeiro é um processo trabalhoso, que exige muita atenção aos detalhes e que pode gerar falhas se não for feito com cuidado. Mas, como dissemos no início, ele é absolutamente necessário para afastar o temor da falência e para evitar que o seu negócio seja um constante apagar de incêndios, mas um organismo que cresce de maneira sustentável.


Não se preocupe se, diante de uma necessidade tão crucial para sua organização, você sentir alguma d insegurança. Planejamento financeiro é algo realmente desafiador. Para sanar esse problema, busque a ajuda de profissionais qualificados e experientes, que trazem a segurança e tranquilidade para as contas do seu negócio

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A Adsum Group é uma consultoria com ampla experiência em diagnóstico e assessoria no planejamento financeiro para pequenas, médias e grandes empresas. Oferecemos um serviço personalizado, que considera as características e necessidades particulares do seu negócio, e visa otimizar os seus resultados financeiros.


Entre em contato conosco ainda hoje para agendar um diagnóstico financeiro da sua empresa.



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